sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Poeta e a Estrela

Ao contemplar a estrela
Deus chorava sozinho
E molhava a noite de sal.

As lágrimas que caiam
Espelhavam o infinito brilho
Enchendo a noite de sol.

Sal e sol se misturavam
Condensados ao brilho
Surgindo o primeiro mar.

Do mar então veio a terra,
Da terra as plantas e bichos
Parindo vida e sentido.

Diante de tanta beleza
O Deus poeta tão só,
Ansiou compartilhar.

E num rompante de poesia
Imerso em imensa alegria
Criou o homem e a mulher

Parecia que agora
Deus teria companhia
Para olhar a estrela,

Mas a mulher e o homem
Não enxergaram a poesia
De um bate-papo com Deus.

Porém a solidão do criador
Não é solidão humana,
Não se cansa de esperar.

Assim sempre que alguém,
Aquela estrela admira
Vira Poeta e amigo de Deus.

De Clauber Ramos

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