Ao contemplar a estrela
Deus chorava sozinho
E molhava a noite de sal.
As lágrimas que caiam
Espelhavam o infinito brilho
Enchendo a noite de sol.
Sal e sol se misturavam
Condensados ao brilho
Surgindo o primeiro mar.
Do mar então veio a terra,
Da terra as plantas e bichos
Parindo vida e sentido.
Diante de tanta beleza
O Deus poeta tão só,
Ansiou compartilhar.
E num rompante de poesia
Imerso em imensa alegria
Criou o homem e a mulher
Parecia que agora
Deus teria companhia
Para olhar a estrela,
Mas a mulher e o homem
Não enxergaram a poesia
De um bate-papo com Deus.
Porém a solidão do criador
Não é solidão humana,
Não se cansa de esperar.
Assim sempre que alguém,
Aquela estrela admira
Vira Poeta e amigo de Deus.
De Clauber Ramos
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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